O ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, 98 anos, pressentiu que a situação da Ucrânia poderia se deteriorar. Não há uma semana ou há um mês. Há 8 anos. Em 5 de março de 2014 ele escreveu um artigo no Washington Post com o título “Para solucionar a crise Ucrânia, comece pelo fim”. Em 23 de fevereiro, portanto 10 dias antes, os russos haviam ocupado a região ucraniana da Crimeia. O texto tem sido intensamente divulgado nas redes sociais desde que tropas russas invadiram a Ucrânia na madrugada de 5ª feira (24.fev.2022)....
Estadistas de verdade, como ele, que negociou a distensão entre os EUA e a China, em 1972, e o fim da participação norte-americana na Guerra do Vietnam, fazem muita falta ... O que temos hoje, muito mais do que sempre foi, desde antes da Guerra [dita] Fria, são "pigmeus" com pose de grandes estadistas, mas meros fantoches dos complexos industriais armamentistas e do setor de óleo, gás e energia, que manipulam sistematicamente seus governados com palavrórios sobre "pátria", "Deus", "liberdade", "democracia", "genocídio", "paz", "ética", etc, etc, etc, de Washington a Moscou, de Londres a Beijing, de Paris a Tóquio, de Berlim a Tel-Aviv, de Roma a Sydney, de Johanesburgo a Teeran, de Nova Délhi a Otawa, de Ryad a Brasília, enquanto, nos seus quintais domésticos, seus povos são oprimidos, enganados e imbecilizados, e sofrem com o desemprego e subemprego, com a desinformação, a discriminação racial, étnica, de gênero e orientação sexual, e religiosa, com a desigualdade social e econômica galopantes, com a carestia, e, de forma cada vez mais aguda, com os efeitos, desigualmente distribuídos, das mudanças climáticas e do aquecimento global, tão criminosamente e irresponsavelmente tratadas por estes governantes e suas elites econômicas podres.
¡QUÉ SE VAYAN TODOS!
Antônio João Dias Prestes.
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