(ou vermelho, que não é a mesma coisa mais é igual)*
Pintou um clima, quente, então decidiu o inominado verme comer o índio. Só que o índio era venezuelano e acabou ele comendo o verme. 48 horas depois o índio de Colombo (de haver sido Vasco da Gama o primeiro em chegar não seria denominado índio, mais, em fim) defecou com dificuldade a beira do Rio das Pedras, logo de quase morrer envenenado a causa daquela indigesta ingesta, liberando o inominado verme...
Em navegação fluvial desde o Rio das Pedras até o Rio de Janeiro, graças à transposição de Lalu, percebeu o inominado que não tinha mais dentes, algum ácido indiano de Colombo o tinha corroído. Automaticamente usou essa desgraça ao seu favor, sem dinheiro vivo, decidiu pedir uma dieta pastosa no primeiro restaurante que encontrou e, saindo sem pagar a conta, se dirigiu até a orla de Copacabaninha e nessa noite faturou cinco contos de rainhas sem machucar ou sujar o membro dos outros. Com esse dinheiro comprou uma arminha no mercado negro (branco para ele, ou azul, nunca vermelho). Com essa arminha e, por ser católico, evangélico e judeu, reuniu uma prole numerosa de milicianos eunucos e tentou eliminar fisicamente todos seus inimigos. Marielleti, Ardelio, Alá, Ogum, Girbelto Jil , Tico Buarke e Lalú, o metalúrgico da transposição. Ainda sobraram uns trocados para comprar uma caixa de fósforos e tentar incendiar a Amazônia colombiana de Pettrro.
Somente conseguiu eliminar Marietti... (e será esclarecido este agravio).
Inconformado, acionou o Centrão, emprestou dinheiro ao clone do bolsa família e, com o apoio dos barrigudos do exército, assessorado por Cerjio el Moro (sem Alá no coração), mandou capturar e levar para Brasilina ao índio do clima quente, tinha sede de vingança...
E aí termina a história.
Hoje, no planalto quase central, o descendente das tribos originarias da América de Vespúcio, vive em um apartamento funcional e somente para comer gente. Aos finais de semana, após as motociatas, o inominado verme concorre pontualmente às 21 horas para declarar-se gente perante o índio. É, indubitavelmente, a única situação na qual quer desesperadamente ser gente.
Miguel Dias para TV CCM.
*Poesia de Silvio Rodríguez (de Pequeña Serenata Diurna).
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